Brasileiras lideram ranking de sustentabilidade das 50 maiores empresas latino-americanas

11 de julho de 2009

A Management & Excellence (M&E), empresa de consultoria estratégica que atua há mais de oito anos no Brasil, anuncia, em parceria com a revista Latin Finance, o resultado do “Corporate Study: a Sustentabilidade nas Maiores Empresas da América Latina”, que avalia a melhor performance em sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa das 50 maiores empresas latino-americanas. As companhias brasileiras lideram o ranking, com a CPFL na primeira posição, seguida respectivamente pela Petrobrás, Embraer e TAM. Usiminas e Eletropaulo dividem a quarta posição com Cemex, do México, e Perdigão e Vivo estão na quinta colocação ao lado do Wal Mart do México.

A pesquisa realizada pela M&E, que se tornou uma referência na América Latina, contou com empresas do Brasil, México, Argentina, Chile, Peru e Venezuela. Foram avaliados 140 critérios nas três áreas (governança, sustentabilidade e responsabilidade social), cruzando indicadores financeiros, análise de riscos e processos, regras de governança e de gerenciamento, auditorias, ações na área social e ambiental, entre outros pontos. No quesito sustentabilidade, além de ações de longo prazo e compliance, o estudo da M&E engloba transparência, responsabilidade ambiental e ética – principalmente após os prejuízos causados pela crise econômica mundial.

Segundo William Cox, CEO da Management & Excellence, o ranking é resultado do equilíbrio entre análise financeira, social e ambiental, avaliando a empresa em seu conjunto. “A pesquisa revela o que é realmente importante, por exemplo, o balanço de riscos e processos – e não apenas os indicadores financeiros”, explica Cox. As empresas devem passar por auditorias externas e não sofrer influências familiares, contando com indicadores reconhecidos internacionalmente como o Bovespa, ILO, OECD, Global Compact, Millenium Goals, NYSE, Global Reporting Initiative (GRI), entre outros.

Essa é a terceira vez consecutiva que o Brasil tem um maior número de empresas brasileiras avaliadas no ranking, sendo que, desta vez, 23 delas se destacaram, em comparação a 25 em 2008. Com 16 empresas no ranking, o México foi o segundo país com mais companhias listadas, seguido pela Argentina, com três.

A CPFL conquistou destaque especial porque, além de liderar o ranking geral e manter o resultado de 2008, posicionou-se em primeiro lugar nos três quesitos analisados. Por sua vez, Petrobrás, Embraer, Eletropaulo, Usiminas, Vivo, Telemar, Eletrobras e TIM galgaram muitas posições em relação ao estudo de 2008, apresentando grande evolução dos indicadores (veja o ranking completo abaixo).

Realizada pela terceira vez na América Latina, a pesquisa da M&E forma um verdadeiro benchmarket de vários setores como alimentos e bebidas; comércio; energia; petróleo e gás; mineração; químico; siderurgia e metalurgia; transporte, telecomunicação e varejo. Entre os 10 setores os que mais se destacaram estão: varejo, telecomunicações, alimentos e bebidas.

Utilizando o método de considerar “somente os fatos” (Facts Only) e com uma abordagem conservadora, a Management & Excellence atinge um alto grau de precisão, reduzindo ao mínimo a subjetividade e analisando a fundo a atuação das empresas. Tanto é que alguns resultados surpreendem. “Por meio do critério de Responsabilidade Social Corporativa, concluímos que, das 42 organizações que realizam projetos sociais nas comunidades, apenas 7 conseguem ligar essas ações diretamente ao negócio”, conta Cox. “E de todas as empresas, somente 6 estão comprometidas com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.”

“Além de abordar a comunicação, essa versão da pesquisa amplia a análise ao incluir critérios que tratam da transparência das empresas. Tal adaptação se deve à crise internacional iniciada no ano passado, quando pudemos perceber que, mesmo empresas com alto grau de compliance com normas legais, poderiam ser de alto risco. Assim, aumentamos o número de critérios que valorizam a transparência de informações importantes sobre o negócio e a empresa, que também podem servir de ferramenta para analistas e investidores”, conta Angélica Blanco, diretora da M&E no Brasil.

Muitas organizações ainda revelam suas informações financeiras por conta de razões legais ou para atrair investidores, em detrimento de dados econômicos relevantes. Em relação à governança corporativa, inúmeras companhias ainda têm foco numa política básica, enquanto há a necessidade de um comprometimento profundo dos executivos para que haja uma disseminação no dia a dia dos negócios da organização, conclui a M&E no estudo.


Fonte: Época NEGÓCIOS


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