Por Hieros Vasconcelos, do A TARDE
Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde deste domingo, 3, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.
Praça: qualquer espaço público urbano, livre de edificações e que propicie convivência e recreação para seus usuários. Em Salvador, no entanto, o item recreação está distante da realidade. São 570 praças que pouco têm a oferecer para a população: escuras e sem policiamento, tornaram-se alvos fáceis para a depredação e servem de dormitório e sanitário para moradores de rua, além de ponto para usuários de drogas.
Praça da Piedade: ocupada por moradores de rua e abandonada pelo poder públicoResponsável pela manutenção e conserto dos espaços, a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal) – autarquia da Secretaria Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin) – reconhece a degradação e informa que são gastos com a manutenção pelo menos R$ 3,5 mil por dia, o que soma cerca de R$ 900 mil, até agora, em 2010. Este ano, 70 monumentos foram arrancados ou destruídos. “Com o total gasto, dava para construir uma praça por mês”, diz o titular da Setin, Euvaldo Jorge.
A justificativa para o triste cenário, diz Euvaldo Jorge, está na ação de vândalos, que roubam equipamentos para vender e comprar drogas, e no grande número de moradores de rua em Salvador. “Arrumamos uma praça hoje e amanhã faltam equipamentos, como cabos de iluminação, refletores e pedaços de estátuas”, relata ele. Segundo dados da Desal, 70% dos espaços sofrem depredação após a inauguração. De acordo com o órgão, Salvador é a cidade que mais tem praças no Brasil.
A equipe de A TARDE percorreu nove espaços públicos conhecidos: Largo da Madragoa, Largo de Roma, Largo do Papagaio, Praça Dois de Julho, Praça da Piedade, Praça Olga Mettig, Passeio Público, Largo do Campo Grande e a Carlos Batalha (Rio Vermelho).
Em todos os espaços visitados, verificaram-se lâmpadas de postes apagadas, grama e árvores sem cuidado, parques para crianças quebrados, ausência de policiamento, de guarda municipal e de fiscalização. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) não se pronunciou sobre o tema, apesar dos pedidos de A TARDE, até o fechamento da edição deste domingo, 3.
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